De tanto procurar, me perdi

E encontrei o que sempre quis.

Encontra-me em um labirinto

De cabeça pra baixo, de medo, de preto

Encontra-me

E pega a minha mão e me puxa pra frente, no labirinto

O Labirinto da dor é aqui

E o Labirinto do medo é atrás

A escada que te leva pra cima é a mesma que me leva pra baixo

A escada que eu subi ontem te fez descer hoje

E a porta que te faz entrar é a mesma que me faz sair

A chave que tranca é a mesma que abre

Me tira daqui...

Assim foi a estória do Labirinto.

Sem ter o que pensar, me jogo ao longe...

Olho pro vento invisível, falo com flores mudas

E o vento vem fraco, mais pra uma brisa

Um vento de mudança, mudança de tempo

Mas a chuva foi embora, e só deixou as nuvens brancas

Sinto uma angústia indizível, dolorida

E a paz só reina no lado de fora

A dança da solidão começa, com uma voz coberta de amargura

Sozinha eu vou, como uma palavra não dita volta a mente

A desilusão me espera, com um sorriso de boas-vindas

Um sorriso encantador, tentador, acolhedor

Meu passado abre seus braços e me chama, também sorrindo

Me chamando, gritando por mim

O que fazer?

Corro pro nada e mais nada encontro...

Onde está minha vida? Onde está?

Eu não a vejo, assim como não enxergo o meu futuro.

Será que ele existe? Será que ele chegará?

Eu não sei onde mais procurar, não sei pelo que mais chamar.

Não estou bem, não tenho pelo que viver.

A esperança que eu tinha morreu ontem, foi a última a ir.

O resto do que eu sentia foi morrendo aos poucos...

Com a paz morreu o amor, com a felicidade morreu o sorriso.

E agora, não me restou nada...Nem lágrima, nem tristeza.

Sou um recipiente vazio, sem voz e sem ar.

Estou esperando, mas não sei pelo quê.