Vento feito de brisa, a vida é boa!
Vento feito de paz
Passa sobre meus cabelos, leva minhas lágrimas
Tira meus devaneios
E encha-me de sonhos bons
Cubra-me com tua refrescância e carrega-me para outros tempos
Tempos de amor, sem guerra, sem grito, sem chuva
Carrega-me pra longe de mim
Traz-me sorrisos, traz-me saudade
Vento vem, vai embora
Sozinho, cantando com o som do mar...

Leviano, vil, mau, assassino, culpado, ridículo
O amor, tão puro nas linhas das poesias doces
Tão feio nas linhas da vida
Tão feio na pele
Tão feio no corpo
Tão feio na dor
O amor, esse, que provoca suspiros e sorrisos calados
Esse mesmo, que tira a fome e que magoa
Esse mesmo que machuca e que enoja
O amor, só por agora, é malvado e vilão
Só por agora me leva as lágrimas, me fere e me escarnece
O amor que em mim morre e que em outro nasce...

E então, eu sei que te amo
quando tu pegas minha mão e arrepio-me
quando vejo-te e meu coração sorri, em disparada
quando sinto o cheiro da chuva e desejo-te em presença
quando adormeço pensando na paz do teu olhar

E então, eu sei que te quero
quando não consigo imaginar-me sem ver-te
quando não penso sem ser em ti
quando não vejo-te e sinto-me vazia
quando escuto o som da tua voz, e sinto-me radiante

E então, imagino-me em um branco
só comigo e contigo,
e só com o poder do pensamento
maravilho-me como em um sonho de criança...